Google Pode Ser Obrigada a Vender o Chrome em Caso Antitruste nos EUA
Google pode ser forçada a vender o Chrome e enfrentar restrições no caso antitruste dos EUA, visando limitar seu domínio em buscas e navegadores
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) apresentou uma série de exigências em seu caso contra o monopólio de buscas da Google. Entre as medidas mais impactantes está a recomendação de que a empresa venda o navegador Chrome, considerado um dos principais pontos de acesso ao motor de busca da empresa.
Venda do Chrome: Um Impacto Profundo
O DOJ argumenta que o Chrome é fundamental para manter o domínio da Google no mercado de buscas, já que muitos usuários acessam seu motor de busca por meio do navegador. A medida busca aumentar a competição no setor e limitar o poder da gigante da tecnologia.
Além da venda, o DOJ propôs uma proibição temporária de cinco anos para impedir que a Google crie ou lance outro navegador, garantindo que os consumidores se adaptem à nova gestão do Chrome sem concorrência direta de um “Chrome 2.0” da própria empresa.
Desde outubro, já se especulava que o DOJ poderia sugerir medidas drásticas, como a separação do navegador Chrome ou do sistema operacional Android, para reduzir o domínio da Google no mercado.
Entre as principais recomendações está a venda do Chrome, pois o navegador é considerado um ponto de acesso chave para o motor de busca da empresa. A decisão levanta várias questões, como o impacto na base de código do Chromium, um projeto de código aberto usado por outros navegadores como o Microsoft Edge. Ainda não está claro se a Google poderá continuar contribuindo para o desenvolvimento do Chromium após a venda.
O DOJ também indicou que poderá decidir futuramente se a venda do Chrome será necessária, caso outras medidas sejam suficientes para criar um mercado mais competitivo.
O Que Está em Jogo para a Google?
A Google já declarou que a separação de produtos como Chrome ou Android “quebraria” esses sistemas, afetando negativamente a experiência dos usuários. No entanto, o DOJ decidiu recuar de uma proposta ainda mais severa: a venda do sistema operacional Android.
Embora a venda do Android não esteja mais na mesa, o DOJ quer que a Google desvincule o sistema operacional de seus outros serviços, como o Google Play e o motor de busca, que atualmente são comercializados como um pacote integrado.
Outras Exigências e Restrições
As propostas do DOJ incluem:
- Proibir a Google de pagar a terceiros para tornar seu motor de busca a opção padrão em navegadores.
- Forçar a empresa a licenciar seus dados de busca para outras plataformas.
- Permitir que websites optem por não ter seu conteúdo usado para treinar modelos de inteligência artificial.
Essas mudanças buscam criar um ambiente mais competitivo e transparente, oferecendo mais opções tanto para os consumidores quanto para as empresas.
Cronograma do Caso
O juiz Amit Mehta, que já decidiu contra o monopólio de buscas da Google, será responsável pelo julgamento. Uma audiência está marcada para abril de 2025, com a decisão final prevista para agosto do mesmo ano.
A Resposta da Google
A gigante da tecnologia classificou as propostas do DOJ como extremas e alertou sobre possíveis riscos à privacidade dos cidadãos norte-americanos. A empresa planeja apelar das decisões e trabalhará para reduzir a severidade das sanções impostas.
O Que Isso Significa para os Usuários?
Caso as medidas sejam aprovadas, o mercado de navegadores pode passar por mudanças significativas, com novas empresas entrando no espaço dominado pelo Chrome. Além disso, os consumidores poderão ter mais controle sobre como seus dados são usados.
Esse caso marca um importante momento na história do setor de tecnologia, com implicações que podem ir além do Chrome e afetar outros produtos da Google. Mais detalhes serão divulgados ao longo das próximas semanas.
Com informações de pplware e 9to5google.