Novas regras do Pix começam HOJE! Teremos TAXAS?
Começa hoje! Limite de transações será de R$ 200 para novos dispositivos e haverá maior vigilância dos bancos no combate a fraudes.
As novas diretrizes para o Pix, que entrarão em vigor a partir desta sexta-feira (1º), trazem mudanças significativas para todos os usuários. Com as atualizações do Banco Central (BC), novos mecanismos de segurança serão implementados para tornar o sistema ainda mais seguro. Vamos dar uma olhada no que muda e em como essas regras podem impactar o uso do Pix no dia a dia.
Pix: o que muda a partir de agora?
A principal mudança envolve novos limites de segurança para transações. Agora, será possível transferir até R$ 200 por dia em novos dispositivos e até R$ 1.000 em um único dia a partir de aparelhos não cadastrados. Para movimentações maiores, será necessário cadastrar o dispositivo no banco. Isso se aplica apenas para celulares e computadores que ainda não foram utilizados pelo usuário para transações via Pix.
Segundo o Banco Central, essas novas exigências foram desenvolvidas em parceria com especialistas do mercado financeiro, visando evitar fraudes e golpes. A ideia é que, ao restringir o uso em dispositivos novos ou desconhecidos, o sistema do Pix se torne mais seguro para os usuários.
Medidas de segurança para novos dispositivos
Para utilizar o Pix em um dispositivo de acesso inédito, será necessário cadastrá-lo previamente. O objetivo aqui é dificultar fraudes em que agentes maliciosos, por meio de roubo ou engenharia social, conseguem acesso às credenciais do usuário, como login e senha.
Mudanças para os bancos
Além das novas regras para os usuários, as instituições financeiras também terão que se adequar. Agora, elas deverão:
- Implementar uma solução de gerenciamento de risco capaz de identificar transações suspeitas ou que não combinam com o perfil do cliente.
- Informar os clientes sobre cuidados para evitar fraudes em um canal eletrônico acessível.
- Revisar, a cada seis meses, se os clientes possuem alguma marcação de fraude nos sistemas do BC. Com isso, espera-se que bancos ajustem o atendimento para esses casos, oferecendo limites diferenciados e outras medidas de segurança.
De acordo com Breno Lobo, Chefe Adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, o objetivo dessas medidas é fortalecer o Pix e garantir um uso seguro para todos.
Pix por aproximação: praticidade a caminho
Outra novidade bem interessante é o pagamento via Pix por aproximação, previsto para até o final do ano. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, anunciou que o sistema será integrado às carteiras digitais (wallets) dos celulares, permitindo que o usuário faça pagamentos com apenas um toque, sem precisar abrir o app do banco.
Para usar o Pix por aproximação, basta cadastrar uma instituição financeira diretamente na carteira digital do dispositivo. Esse recurso deve ser lançado em breve, inicialmente para dispositivos Android, com o Google já confirmado e negociações com a Apple em andamento.
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Pix automático: a revolução nos pagamentos recorrentes
Previsto para o próximo ano, o Pix automático facilitará pagamentos recorrentes, como mensalidades escolares, academias e outros serviços de assinatura, de forma semelhante ao débito automático. O usuário poderá definir limites para esses pagamentos e cancelar a autorização a qualquer momento.
De acordo com o BC, o Pix automático será gratuito para o pagador, que poderá configurar o serviço diretamente pelo aplicativo da instituição financeira. Esse recurso promete simplificar processos e reduzir custos de cobrança, além de diminuir a inadimplência.
Quando o Pix automático estará disponível?
A expectativa é que o Pix automático entre em vigor no dia 16 de junho de 2025, em vez de outubro deste ano, como era originalmente planejado. A infraestrutura do Pix já permitirá essa funcionalidade, e o Banco Central espera que isso aumente a eficiência e a competitividade no setor.
Essas novidades no Pix são parte dos esforços do BC para tornar o sistema mais seguro e conveniente, ao mesmo tempo em que beneficia usuários e instituições financeiras. As novas medidas reforçam o compromisso com a segurança e prometem aprimorar a experiência de uso dessa ferramenta de pagamento que já conquistou milhões de brasileiros.
Teremos taxas com as novas regras?
As novas regras não trarão a implementação de taxas para os usuários do Pix em transações tradicionais. Tanto o Banco Central quanto as instituições financeiras seguem comprometidos em manter o Pix como um sistema gratuito para pessoas físicas, preservando a gratuidade para transferências entre contas e pagamentos realizados pelo Pix.
Vale lembrar, porém, que algumas operações específicas – como transferências de contas empresariais e transações com volumes maiores – já têm taxas definidas pelas próprias instituições financeiras e que seguem variando conforme o banco. No entanto, as mudanças que entram em vigor a partir de 1º de novembro não afetam a gratuidade para os usuários tradicionais.
Com informações de UOL Economia.