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Google, Microsoft, Meta e Amazon Podem Estar te Espionando (Novas Evidências)

Big Techs ainda continuam monitorando suas conversas?

Nos últimos anos, a ideia de que grandes empresas de tecnologia estão ouvindo as conversas dos usuários tem gerado debates e teorias. A possibilidade de que gigantes como Google, Microsoft, Meta e Amazon possam estar monitorando conversas em dispositivos inteligentes, como smartphones e assistentes de voz, foi recentemente levantada por um novo relatório. No entanto, essas empresas negam tais acusações, conforme reportado pelo site de tecnologia Mashable.

O desejo de entender o comportamento dos consumidores não é novidade. Empresas de tecnologia e anunciantes estão constantemente em busca de informações sobre o que os usuários estão pesquisando online para direcionar anúncios personalizados. Mas e se essas empresas pudessem ir além das buscas na internet e ouvir conversas do dia a dia para personalizar ainda mais seus anúncios?

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A “Escuta Ativa” e as Preocupações com Privacidade

De acordo com o site 404 Media, o grupo de mídia Cox Media Group (CMG) está promovendo um serviço de “Escuta Ativa”, utilizando microfones embutidos em dispositivos inteligentes para ouvir conversas cotidianas e, com isso, oferecer anúncios direcionados. Um relatório obtido pela 404 Media, datado de novembro de 2023, destaca como o serviço pode ser utilizado por anunciantes para alcançar potenciais clientes com base nas conversas que eles têm em casa.

O documento de vendas da CMG é claro sobre os benefícios para os anunciantes: “O que significaria para o seu negócio se você pudesse atingir potenciais clientes que estão discutindo ativamente a necessidade dos seus serviços em suas conversas do dia a dia?” A empresa também ressalta que o uso dessa tecnologia é legal e pode oferecer grandes vantagens no marketing.

Big Techs Respondem

A 404 Media ligou o nome de grandes empresas de tecnologia a esta prática de “Escuta Ativa”, especialmente pelo fato de que a CMG já manteve parcerias com Google, Microsoft, Meta e Amazon. No entanto, ao serem questionadas pela Mashable, todas as empresas negaram qualquer envolvimento no uso de tal tecnologia para direcionamento de anúncios.

Um porta-voz da Meta, empresa controladora do Facebook, foi categórico: “A Meta não usa o microfone do seu telefone para anúncios e temos sido públicos sobre isso por anos.” A empresa afirmou que está investigando se a CMG violou os termos de uso do Facebook e que tomará as medidas necessárias caso seja comprovada qualquer violação.

A Amazon, o Google e a Microsoft também negaram qualquer participação no programa de “Escuta Ativa” promovido pela CMG. “A Amazon Ads nunca trabalhou com a CMG nesse programa e não tem planos de fazê-lo”, afirmou um porta-voz da Amazon. Da mesma forma, o Google e a Microsoft garantiram que estão investigando a situação e tomarão as medidas apropriadas conforme suas políticas.

O Que Isso Significa para os Consumidores?

Embora todas as empresas mencionadas tenham negado participação direta na coleta de dados por meio de microfones em dispositivos inteligentes, o caso levanta mais uma vez preocupações sobre privacidade e segurança no uso de tecnologias domésticas conectadas. Muitos consumidores já se questionam sobre o nível de privacidade que realmente têm ao usar smartphones, assistentes de voz e TVs inteligentes, e esse tipo de reportagem só reforça tais dúvidas.

Mesmo que as grandes empresas de tecnologia não estejam ativamente ouvindo as conversas dos usuários, o simples fato de que empresas de mídia como a CMG promovam a “Escuta Ativa” demonstra que o uso de dados coletados via dispositivos inteligentes está se tornando uma realidade possível – e preocupante.

Para os consumidores, a mensagem é clara: em um mundo cada vez mais conectado, proteger a privacidade e entender como seus dados estão sendo usados é mais importante do que nunca.

Com informações de Mashable.

Por Alexandre Cordeiro

Editor e criador do blog TecnoUp, sou formado em Processamento de Dados e em Sistemas de Informação. Atuo profissionalmente na área de tecnologia desde 1999.

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